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Funcionários da ONU libertados na Somália

Funcionários da ONU libertados na Somália

Coordenador humanitário da ONU agradeceu o apoio das autoridades locais na sua libertação; três deles eram estrangeiros e um somali e trabalhavam para o PAM e o Pnud.

Carlos Araújo, da Rádio ONU em Nova Iorque.

Os quatro funcionários das Nações Unidas sequestrados na segunda-feira por homens armados não identificados na região centro-sul da Somália foram libertados.

Um porta-voz da organização confirmou que eles foram entregues à segurança da ONU cerca das 22:00 h de segunda-feira, hora local.

Após a sua libertação, as Nações Unidas confirmaram que dois deles trabalhavam para o Programa Alimentar Mundial, PAM: Andre Post de nacionalidade francesa e Ali Dekow da Somália. Os outros dois funcionários, Paul Bampo do Gana e Miragha Babayev do Azerbaijão trabalhavam para o Programa da ONU para o Desenvolvimento, Pnud.

Intervenção

O coordenador humanitário da organização para a Somália, Mark Bowden, agradeceu os esforços e intervenção das autoridades locais de Waajid, a 340 km a noroeste da capital, que usaram a sua influência para garantir a libertação segura e célere dos funcionários sequestrados.

Eles estavam a caminho do aeroporto de Waajid quando a coluna em que seguiam foi interceptada por homens armados.

Três trabalhadores humanitários do PAM foram mortos na Somália desde Agosto de 2008. Cinco motoristas contratados pela agência da ONU também foram assassinados o ano passado.

Aquele país do Corno de África não tem um governo central e funcional desde a queda do presidente Siad Barre em 1991. As Nações Unidas estimam que cerca de 3,2 milhões de pessoas, 40% da população, necessitam de assistência humanitária.