Unesco condena assassinato de jornalista na Somália
Director-geral, Koïchiro Matsuura, diz que Somália deve proteger jornalistas; ONG, Repórteres Sem Fronteiras, revela que o país do Corno de África é um dos mais perigosos para a prática do jornalismo.
Mônica Villela Grayley e Carlos Araújo, da Rádio ONU em Nova York.
A Organização das Nações Unidas para Educação, Ciência e Cultura, Unesco, pediu às autoridades da Somália para não pouparem esforços para acabar com ataques contra jornalistas no país.
Nesta segunda-feira, o director-geral da Unesco, Koïchiro Matsuura, condenou o assassinato do jornalista Said Thalil Ahmed, ocorrido na quarta-feira passada.
Liberdade de Expressão
Ele chefiava a Rádio Horn Afrik e foi morto com um tiro na cabeça na capital Mogadíscio.
A organização Coligação Somali para a Liberdade de Expressão emitiu uma nota associando o assassinato de Said Thalil Ahmed à cobertura das eleições presidenciais realizada pela rádio.
Matsuura disse que o jornalista pagou com a própria vida pela prática do direito humano e fundamental à liberdade de expressão, e por garantir a todos o direito de receber informações de profissionais livres e independentes.
Desde o início do ano, dois jornalistas já foram assassinados na Somália.
Segundo a ONG, Repórteres Sem Fronteiras, o país do Corno de África é um dos mais perigosos para a prática do jornalismo.
*Apresentação: Carlos Araújo, da Rádio ONU em Nova Iorque.