Situação na Somália será difícil em 2009, diz ONU (Português para África)
Distribuição de ajuda humanitária ao país de forma consistente continuará a ser um desafio este ano, particularmente após a decisão da Comissão Europeia de se retirar do grupo dos principais doadores.
Carlos Araújo, da Rádio ONU em Nova Iorque.
Mais de 3 milhões de pessoas na Somália vão continuar a depender este ano da assistência humanitária, revela uma avaliação realizada pela Unidade de Análise da ONU sobre Segurança Alimentar, Fsau.
A unidade afirma que apesar da situação generalizada de insegurança, o trabalho humanitário prossegue no país com a ajuda de parceiros locais.
Doenças Evitáveis
Desde o início do ano, o Programa Alimentar Mundial, PAM, distribuiu 34 mil toneladas de alimentos a 3,4 milhões de pessoas. O Fundo da ONU para a Infância, Unicef, por seu lado, está a apoiar a criação de um sistema sustentável e permanente de distribuição de água.
A Organização Mundial da Saúde, OMS e o Unicef estão a proteger 1,5 milhões de crianças com menos de 5 anos de idade contra doenças evitáveis.
Doadores
O Escritório da ONU para Assuntos Humanitários, Ocha, informou que apenas 18% dos fundos necessários para a assistência humanitária na Somália foram gastos.
Disse também que o fornecimento de ajuda ao país de forma consistente continuaria a ser um desafio, particularmente após a decisão da Comissão Europeia de se retirar do grupo dos principais doadores da Somália.
O país não tem um governo central desde 1991 quando o ex-presidente Mohamed Siad Barre deixou o poder. O número total de Somalis deslocados no interior do seu próprio país ultrapassa agora 1,3 milhões, segundo números da ONU.