Rebeldes voltam a atacar civis na RD Congo, diz ONU
Os espancamentos e pilhagens regressaram ao Kivu Norte, segundo Missão da ONU no país, Monuc.
João Rosário, da Rádio ONU em Nova Iorque.
A Missão da ONU na República Democrática do Congo, Monuc, revelou que estão a ocorrer novos ataques contra civis na província do Kivu Norte.
A Monuc tem conhecimento de casos de espancamentos e prisões, bem como de pilhagens a lojas e a casas, na região de Kiwanja.
Mensagem
A ONU apelou ao fim imediato dos actos de violência. Segundo a Monuc, há relatos de que o movimento rebelde Congresso Nacional para a Defesa do Povo, Cndp, estaria por trás dos abusos contra os civis.
O representante especial do Secretário-Geral para a RD Congo, Alan Doss, dirigiu uma mensagem ao líder dos rebeldes, o general Laurent Nkunda, exigindo o fim dos abusos.
Em Nova Iorque, o embaixador de Angola nas Nações Unidas, Ismael Martins, disse nesta entrevista exclusiva à Rádio ONU, que seu país está disponível para ajudar o país vizinho com a sua experiência na resolução de conflitos.
Respeito
“É preciso que a RD Congo tenha a sua integridade territorial e a sua soberania respeitadas. Esse respeito passa pelo reconhecimento, pelos seus vizinhos. Em Angola, respeitamos a integridade territorial da RD Congo. Precisamos que este país prospere, para estabelecermos parcerias bilaterais e para que Angola também prospere na África Central. A região precisa de estabilidade. É uma das zonas mais ricas do continente, mas também é das mais afectadas por crises”.
A Monuc considera que a violência na RD Congo já provocou a fuga de cerca de 250 mil civis das suas casas desde Agosto, quando os combates irromperam.