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Nações Unidas querem cooperação para proteger funcionários (Português para África)

Nações Unidas querem cooperação para proteger funcionários (Português para África)

Ban Ki-moon diz que aumento de ameaças e ataques contra pessoal da organização e trabalhadores de agências humanitárias preocupa.

Mônica Villela Grayley, da Rádio ONU em Nova York*.

O Secretário-Geral das Nações Unidas, Ban Ki-moon, pediu aos países-membros da organização mais cooperação e responsabilidade para proteger os funcionários da ONU.

Ban afirmou que o pessoal de assistência humanitária e funcionários da organização têm sido alvo de ameaças e ataques deliberados, que segundo ele, estão a aumentar em todo o mundo.

Extremistas

A declaração foi feita num relatório sobre a situação que cobre o período de Julho de 2007 a Junho de 2008.

De acordo com Ban, a segurança dos trabalhadores de assistência humanitária e das Nações Unidas tem piorado. Muitos deles são alvo de grupos armados e extremistas.

Num espaço de 12 meses, foram registrados 490 atentados contra escritórios, comboios e prédios das Nações Unidas. No mesmo período, o número de mortes de funcionários da ONU subiu 38% com 26 casos.

A maioria das vítimas era composta por pessoas contratadas localmente para fazer trabalhos humanitários.

País-Anfitrião

O relatório também menciona a morte de 63 trabalhadores de ONGs.

A maioria dos ataques contra o pessoal da ONU ocorreu em África. Mas segundo Ban Ki-moon, as ameaças estão a ocorrer em várias partes do mundo.

Ele lembrou os atentados de Dezembro na Argélia que mataram 17 funcionários.

Ban Ki-moon afirmou que a responsabilidade de segurança e protecção dos trabalhadores da ONU é do país-anfitrião que se torna a primeira instância de defesa e protecção do pessoal de assistência humanitária e das Nações Unidas.

O Secretário-Geral da ONU disse ainda que os atentados na Argélia mostram que é preciso aumentar a cooperação na área da segurança entre as Nações Unidas e o países-membros que abrigam o pessoal da organização.

Apresentação*: Cátia Marinheiro, Rádio ONU em Nova York.