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ONU condena assassinato de mulher na África do Sul

ONU condena assassinato de mulher na África do Sul

A alta comissária de Direitos Humanos das Nações Unidas, Navi Pillay (foto), diz que vítima foi morta com os três filhos porque era estrangeira.

Yara Costa, da Rádio ONU em Nova York.

A alta comissária de Direitos Humanos da ONU, Navi Pillay, condenou o assassinato brutal de uma mulher somali e dos seus três filhos occorrido na última sexta feira na África do Sul.

Segundo a polícia, a mãe foi morta com mais de 100 facadas ao lado das três crianças. Pillay, que é sul-africana, disse que o motivo do crime atroz foi o facto de a mulher ser estrangeira, da Somália.

Forma Efectiva

A família somali teria fugido do país e se refugiado numa aldeia na província de Eastern Cape, na África do Sul, em busca de paz.

Pillay apelou as autoridades para que tomem rápidas medidas para proteger os imigrantes de ataques xenófobos.

Segundo ela, racismo, xenofobia, discriminação, e intolerância são problemas que ocorrem diariamente no mundo e os países têm a responsablidade de lidar com estas questões de forma efectiva de acordo com o documento assinado em Durban na África do Sul, na Conferência Mundial contra o Racismo em 2001.

Encontro

A alta comissária de Direitos Humanos das Nações Unidas disse ainda que a implementação da Declaração de Durban e do programa de acção, assinado em Durban, está lamentavelmente muito aquém de ser alcançado.

Pillay mostrou-se preocupada com a situação dos Direitos Humanos no mundo, enquanto prepara o encontro que vai ter lugar em Abril do próximo ano para analisar os progressos desde da Conferência de 2001.