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Refugiados da Serra Leoa realojados na Libéria (Português para África)

Refugiados da Serra Leoa realojados na Libéria (Português para África)

Acnur acredita que este é um passo para deixarem de ser catalogados como refugiados.

Patrícia Fonseca, Rádio ONU em Nova York.

A cidade de Bensonville, na Libéria, é o novo lar para 16 famílias de refugiados integrados, até ao momento, nos campos de Banjor e Samukai.

Ao todo foram recolocados, nas novas habitações, 118 dos 3,5 mil refugiados que não podem regressar às suas casas ou não querem ser repatriados para a Serra Leoa.

Cidadãos da Libéria

O objectivo do processo é integrar as famílias, proporcionando-lhes trabalho e condições para reabilitarem as suas vidas e comunidade.

O Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados, Acnur, acredita que o início deste processo é um passo para que deixem o Estatuto de Refugiados. Passando a poder ser considerados cidadãos da Libéria.

Já em Julho do ano passado, o Acnur, anunciava que os deslocados da Serra Leoa, durante os anos 90, já não se consideravam refugiados.

Isto porque, de acordo com a agência da ONU, o problema da Serra Leoa já não se colocava, graças ao acordo de paz, declarado em Janeiro de 2002.

Novas habitações

De acordo com o Alto Comissariado, novas habitações, 110 mais, estão a ser construídas para receberem as restantes famílias que preferem a integração ao regresso à pátria.

Desde o conflito na Serra Leoa, entre 1991 e 2002, mais de dois milhões de pessoas foram deslocadas. Destes apenas 179 mil quiseram regressar ao país durante o processo de repatriamento voluntário levado a cabo pelo Acnur, entre 2000 e 2004.