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Cheias na África Ocidental são riscos para a saúde, diz OMS

Cheias na África Ocidental são riscos para a saúde, diz OMS

Malária, cólera e meningite são ameaças; Mali, Mauritânia e Togo, entre outros, necessitam de auxílio urgente. OMS também cita danos na Guiné-Bissau.

João Duarte, Rádio ONU em Nova York.

A Organização Mundial da Saúde, OMS, afirma que as cheias anuais na África Ocidental estão a aumentar os riscos de saúde na região.

As previsões sugerem que as chuvas vão prolongar-se até Setembro o que, segundo a OMS, poderá aumentar os riscos associados à contracção de doenças como a malária, diarreia e outras doenças potencialmente perigosas.

Leia o boletim de Marta Barroso.

“A OMS, afirma que as cheias agravam a situação geral das populações já de si vulneráveis devido aos aumentos nos preços dos alimentos.

Emergência

Entre os países em risco, segundo a ONU, contam-se o Benin, Burkina Faso, Mali, Mauritânia, Níger e Togo que necessitam de auxílio urgente. A Guiné-Bissau também foi citada pela OMS como um país que registou danos pelas cheias deste ano.

De acordo com a OMS, o apelo consolidado para a região alcançou os US$ 418 milhões de dólares, dos quais US$ 76 milhões seriam para auxílio de saúde de emergência. Até ao momento, apenas 22% das necessidades foram cobertas.

Malária, cólera, meningite e febre amarela são algumas das doenças cujas taxas aumentam durante a época das chuvas.”

Na Etiópia, a estação das chuvas aumentou o risco de doenças como a malária. O alerta foi feito pelo Fundo das Nações Unidas para a Infância, Unicef, que está a distribuir redes mosquiteiras como medida preventiva contra a malária.

Desde 2005, o Unicef distribuiu mais de 20 milhões de redes tratadas com insecticida a mais de 10 milhões de casas nas regiões da Etiópia mais afectadas pela doença.