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Tribunal de Haia analisa situação na Geórgia (Português para o Brasil)

Tribunal de Haia analisa situação na Geórgia (Português para o Brasil)

Luis Moreno Ocampo, do Tribunal Penal Internacional, recebeu alegações sobre crimes de guerra após início do conflito na Ossétia do Sul.

Mônica Villela Grayley, Rádio ONU em Nova York.

O promotor do Tribunal Penal Internacional (TPI), Luis Moreno Ocampo, confirmou, nesta quarta-feira, que está analisando alegações sobre crimes de guerra, que teriam sido cometidos na Geórgia.

O governo de Tbilisi entregou um processo ao Tribunal Penal Internacional afirmando que os casos estariam ocorrendo desde o início do conflito na Ossétia do Sul. O promotor está investigando também informações sobre ataques a civis.

Leia o boletim de Eduardo Costa.

“Segundo Luis Moreno Ocampo, um representante do governo georgiano compareceu à Divisão de Jurisdição do TPI para fornecer informações e cooperação. A Rússia também entregou informação ao escritório do promotor.

O conflito na província separatista da Ossétia do Sul começou no último dia sete, quando tropas georgianas travaram confrontos com forças locais.

A situação agravou-se após a entrada de forças russas no conflito. Segundo o governo de Moscou, o país está defendendo os cidadãos russos que moram na Ossétia do Sul.

Na terça-feira, durante uma reunião do Conselho de Segurança da ONU para debater a situação na Geórgia, o subsecretário-geral para Assuntos Políticos B. Lynn Pascoe disse que é fundamental alcançar um acordo para pôr fim ao conflito.

O embaixador da Geórgia, Irakli Alasania, e da Rússia Vitaly Churkin discordaram durante o encontro sobre os termos de uma proposta de paz. Segundo o embaixador russo, a Geórgia estaria trocando a ordem das coisas ao querer discutir integridade territorial. A Géorgia, por sua vez, afirmou que a Rússia não quer o cessar-fogo”.

Nesta quarta-feira, o alto comissário das Nações Unidas para Refugiados, António Guterres, continua sua visita à região. Ele se reuniu com autoridades georgianas e pediu apoio internacional para operações humanitárias.

O Fundo das Nações Unidas para a Infância, Unicef, enviou 15 toneladas de alimentos, água e kits de higiene para 400 famílias perto da divisa com a Ossétia do Sul.

De acordo com agências da ONU, o número de deslocados aproxima-se dos 160 mil.