ONU pede vontade política contra crise de alimentos
Conselho Económico e Social das Nações Unidas diz que preços altos são ameaça à sobrevivência de mais pobres; FAO debate tema a 3 de juho.
João Duarte, Rádio ONU em Nova York.
O Conselho Económico e Social das Nações Unidas, Ecosoc, realizou uma sessão especial sobre a crise alimentar mundial.
O presidente do Ecosoc, Léo Mérorès, afirmou que o mundo possui os conhecimentos necessários para combater a actual crise alimentar mas que é necessário haver vontade política e recursos para garantir uma solução.
Ameaça
Mérorès acrescentou que o aumento nos preços e a falta de alimentos base é não apenas uma ameaça à sobrevivência dos mais vulneráveis assim como também uma ameaça à estabilidade política e económica de muitos governos.
Segundo o presidente do Ecosoc, chegou a hora de colocar a agricultura de novo no centro da agenda do desenvolvimento.
Apoio
O primeiro-ministro da Grã-Bretanha, Gordon Brown, dirigiu-se aos participantes através de uma mensagem vídeo.
Para Brown a prioridade é ajudar os mais afectados. Segundo ele, é essencial apoiar generosamente os programas do Programa Alimentar Mundial, PAM.
O Presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, enviou uma mensagem escrita na qual afirma que o mundo está diante da ameaça real de um desastre humanitário de grandes proporções.
A vice-secretária-geral da ONU, Asha Rose Migiro, disse durante a sessão especial, na terça-feira, que a crise alimentar está a agravar a situação de 100 milhões de pessoas.
Migiro alertou ainda para a possibilidade de se perderem as conquistas realizadas na corrida para o cumprimento dos Objectivos do Milénio.