CDH debate crise alimentar na sede em Genebra (Português para o Brasil)
Alta comissária da ONU, Louise Arbour (foto), diz que alta dos preços pode causar efeito dominó e pôr em risco direitos fundamentais.
Mônica Villela Grayley, Rádio ONU em Nova York.
O Conselho de Direitos Humanos da ONU debateu nesta quinta-feira, em Genebra, na Suíça, a crise alimentar mundial.
A alta comissária de Direitos Humanos, Louise Arbour, afirmou que a crise pode causar um efeito dominó e pôr em risco direitos fundamentais, como acesso à educação, à saúde e à sobrevivência.
Pobreza
De acordo com o Banco Mundial, a atual crise alimentar pode lançar 10 milhões de pessoas na pobreza extrema.
Arbour afirmou que os países têm a obrigação moral de fornecer acesso sustentável à comida sem discriminação.
A Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação, FAO, realizará um encontro de alto nível em 3 de junho para debater o assunto.
O chefe do programa mundial de projetos da FAO, Roberto Mercado, disse à Rádio ONU, de Roma, que todo cidadão tem direito ao alimento.
Carta
“Um dos direitos humanos básicos é o direito à alimentação. Isso é reconhecido por todos e pela Carta das Nações Unidas como um dos direitos básicos da humanidade”, afirmou.
Nesta quinta-feira, um relatório da FAO sugeriu que o mundo deverá gastar US$ 1 trilhão o equivalente a R$ 1,7 trilhão para importar alimentos por causa da crise.