Alta de alimentos pode aumentar protestos (Português para o Brasil)
Violência vista no Haiti ocorre em outros países; postos da ONU vandalizados na ilha caribenha, diz ONU.
Mônica Villela Grayley, Rádio ONU em Nova York.
O Programa Mundial de Alimentos, PMA, pediu à comunidade internacional que forneça dinheiro urgente para ajuda alimentar no Haiti.
Na semana passada, um grupo de manifestantes, contra a alta no preço dos alimentos, saqueou um armazém e vandalizou instalações da ONU na cidade de Le Cayes, no oeste do país.
Segundo o PMA, quatro pessoas morreram nos incidentes.
Apelo
De acordo com a diretora-executiva da agência, Josette Sheeran, a violência vista na ilha caribenha ocorre em outros países pelo mesmo motivo.
A Missão de Estabilização da ONU no Haiti, Minustah, informou que nesta segunda-feira houve alguns protestos na capital do país.
O comandante do Batalhão Brasileiro da Minustah, coronel Paul Cruz, disse à Rádio ONU, de Porto Príncipe, que as tropas estão nas ruas para evitar
violência.
Relatos
“A nossa tropa está pocisionada para a proteção das instalações da ONU e até agora eu não tenho relatos de violência em relação a nossa tropa e as instalações da ONU. Embora já tenhamos escutado alguns relatos de manifestações um pouco mais violentas do que seria uma manifestação democrática”, disse.
Num comunicado, a Minustah condenou os atos de violência e disse que continuará dando apoio à Policia Nacional Haitiana.
De acordo com o PMA, a chegada de mais recursos para compra de alimentos pode ajudar a diminuir a tensão.
Em fevereiro, o PMA lançou um apelo de US$ 500 milhões, o equivalente a R$ 850 milhões para situações de emergência causada pela alta no preço dos cereais no mercado mundial.