Acnur inicia repatriação de burundeses (Português para a África)
Segundo Acnur, trata-se de um dos casos mais antigos no mundo. Esses refugiados deixaram o Burundi em 1972.
Helder Gomes, da Rádio ONU em Nova York.
O alto-comissário das Nações Unidas para Refugiados, António Guterres, termina nesta segunda-feira uma visita à Tanzânia no final de uma viagem à África Austral que o levou também ao Uganda.
Na Tanzânia, Guterres lançou uma operação de repatriação gradual de refugiados burundeses que vivem no país. O programa terá a duração de dois anos.
Segundo o Acnur, trata-se de um dos casos mais antigos no mundo, pois foram pessoas que deixaram o Burundi em 1972.
A agência calcula que o número ascende a 218 mil pessoas, das quais 46 mil já manifestaram o desejo de regressar.
Neste domingo, António Guterres inaugurou um processo de registo de cerca de 76 mil refugiados burundeses que preferem obter a cidadania tanzaniana e permanecer no país.
Deslocados internos
Antes da Tanzânia o chefe do agência da ONU para refugiados visitou o Uganda onde vivem cerca de 850 mil deslocados internos.
Ele lembrou que o conflito entre o governo ugandês e os rebeldes do Exército de Resistência do Senhor, provocou mais de 2 milhões de deslocados internos. Destes, metade já regressou às suas casas.
Guterres elogiou o Uganda por estar a acolher milhares de pessoas que fogem de países vizinhos onde se registam confrontos armados.