Quênia: Fim da impunidade crucial à paz
Conclusão partiu de relatório de missão de Direitos Humanos, que avaliou causas da violência pós-eleitoral em dezembro.
Mônica Villela Grayley, da Rádio ONU em Nova York.
Um relatório do Alto-Comissariado da ONU para os Direitos Humanos sugere que uma maior responsabilização e o fim da impunidade no Quênia são fundamentais para o processo de reforço da reconciliação no país.
Mais de 1,2 mil pessoas morreram em confrontos no Quênia durante uma onda de violência causada por protestos contra a reeleição do presidente Mwai Kibaki.
A missão, que durou três semanas, foi enviada ao Quênia no mês passado para avaliar as causas dos confrontos.
Segundo o grupo, irregularidades durante o processo eleitoral teriam sido o motivo da violência, além da discriminação, da pobreza e o que a missão chamou de privação dos direitos políticos.
A violência no Quênia chegou ao fim após um acordo de partilha do poder entre o presidente Mwai Kibaki e o líder da oposição, Raila Odinga, derrotado nas eleições. Odinga ocupa agora o cargo de premiê queniano.
Partilha de poder
O relatório elogiou o acordo firmado dia 28 de fevereiro enquanto parte do processo de reconciliação e diálogo nacional no Quênia.
Segundo o documento, a não-implementação das reformas poderá fragilizar as melhorias na segurança entretanto alcançadas após a assinatura do acordo de partilha de poder.