Países precisam abandonar mutilação genital feminina, diz ONU (Português para a África)
Agências da ONU pedem a governos nacionais para eliminar prática que coloca em risco a vida de mulheres.
Jorge Soares, da Rádio ONU em Nova York.
A vice-secretária-geral da ONU, Asha-Rose Migiro, disse que se todas as pessoas aderirem ao esforço para acabar com a mutilação genital feminina, esta prática poderá desaparecer no período de uma geração.
Migiro fez essa declaração na sede da ONU em Nova York para marcar o compromisso de dez agências das Nações Unidas no sentido de suprimir essa prática até o ano 2015.
O objectivo integra-se nas Metas de Desenvolvimento do Milénio.
Controlar a sexualidade
A mutilação genital feminina acontece em alguns países da Ásia, Oriente Médio e África como forma de controlar a sexualidade de meninas antes do casamento.
As agência da ONU pediram o apoio dos governos nacionais e comunidades para eliminar a prática que coloca em risco a saúde de mulheres, meninas e recém-nascidos.
A ONU estima que 3 milhões de meninas correm o risco de serem submetidas à remoção parcial dos órgãos genitais e mais de 140 milhões de mulheres já sofreram mutilações.
Entre as agências que participam da campanha está o Fundo das Nações Unidas para Infância, Unicef, a Organização Mundial da Saúde, OMS, e o Alto Comissariado para os Direitos Humanos.