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Narcotráfico pode comprometer democracia na Guiné-Bissau, diz Ban

Narcotráfico pode comprometer democracia na Guiné-Bissau, diz Ban

O Secretário-Geral da ONU, Ban Ki-moon, enviou, nesta segunda-feira, ao Conselho de Segurança o seu último relatório periódico sobre a Guiné-Bissau. (Boletim Helder Gomes, Português para a África.)

No dia 27 de Setembro, no seu discurso na Assembleia Geral, o presidente da Guiné-Bissau, João Bernardo “Nino” Vieira, pediu ajuda à comunidade internacional no combate ao tráfico de droga.

O relatório do Secretário-Geral lembra também a necessidade de uma reforma profunda no sector da justiça, incluindo o combate ao crime organizado.

Segundo o documento a situação sócio-económica e financeira continua estável mas é ainda frágil.

Os maiores progressos são assinalados em nível das finanças públicas e da cooperação com instituições financeiras internacionais.

Ban Ki-moon anunciou também o envio uma equipa para apoiar o país a organizar as próximas eleições legislativas e presidenciais, em resposta a um pedido do governo.

Numa entrevista exclusiva à Rádio ONU, depois de falar na Assembleia Geral deste ano, o presidente guineense destacou o contributo positivo da missão e pediu um prolongamento.

“Nós pedimos que essa missão fosse alargada para poder beneficiar a Guiné-Bissau, como tem sido com os outros países da sub-região em que também houve conflitos, como o caso da Serra Leoa, da Libéria, etc. E para que a Guiné-Bissau possa fazer parte desse grupo de paz na sub-região”, disse.

A missão das Nações Unidas na Guiné-Bissau termina em 31 de Dezembro.