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Mundo desenvolvido deve fazer mais por Metas do Milénio, diz Ban

Mundo desenvolvido deve fazer mais por Metas do Milénio, diz Ban

O Secretário-Geral da ONU, Ban Ki-moon, disse, nesta segunda-feira, que a realização dos Objectivos de Desenvolvimento do Milénio, ODM, tem sido lenta na África Subsariana, enquanto se vem registando progressos nas outras regiões do mundo.

Segundo o documento, para que o continente africano atinja as Metas do Milénio estabelecidos para 2015, será preciso duplicar os esforços actuais de desenvolvimento.

O representante residente do Pnud, na Guiné-Bissau, Michel Balima, disse à Rádio ONU, de Bissau, que a redução da mortalidade infantil é um dos objectivos mais difíceis para o país.

“A situação ainda está bastante fraca porque, segundo um relatório de desenvolvimento humano que nós preparamos o ano passado, ainda faltaria 84 anos para reduzir em dois terços a mortalidade infantil”, explicou.

O Secretário-Geral da ONU lembrou que o êxito desses objectivos dependerá, em grande medida, dos países industrializados.

Ban Ki-moon disse que é hora de converter promessas em acções.

Ele acrescentou que os países industrializados devem cumprir a meta de afectar 0,7% do seu rendimento nacional bruto à ajuda ao desenvolvimento.

No Brasil, apesar de sucesso em alguns quesitos como acesso universal à educação, os desafios continuam na área de saneamento básico.

Foi o que contou à Rádio ONU, a encarregada da ONU para o programa sobre as Metas do Milénio no Brasil, Ana Rosa Soares.

“A questão de saneamento ainda está um pouco atrasada, mas já está recebendo atenção para tentar modificar. Tem uma série de programas com os quais a ONU tem trabalhado, também com o governo, para tentar levar isso adiante. Mas é um problema no mundo todo. É uma das metas mais complicadas no momento para todo o mundo, não só o Brasil”, disse.

Segundo a ONU no Brasil, o primeiro Objectivo de Desenvolvimento do Milénio, a eliminação da pobreza e fome extremas, já teria sido alcançado, em parte por causa de acções sociais do governo.

Em todo o mundo, caiu cerca de 20% o número de pessoas que vivem com menos de US$ 1 por dia.