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Conferência debate gestão económica de energia nuclear

Conferência debate gestão económica de energia nuclear

O encontro na sede da Agência Internacional de Energia Atómica, Aiea, discutiu a operação segura de instalações nucleares, o desempenho económico de usinas atómicas e a transferência de conhecimento para as próximas gerações.

O especialista da Aiea, Haroldo Barroso Júnior, disse à Rádio ONU, de Viena, que a demanda futura por energia só será suprida, de forma eficiente, pelo trabalho das usinas nucleares.

“Os relatórios que foram gerados dessas inspecções são excelentes em termos de segurança, qualidade de operação de usinas. Então é uma forma de gerar energia bastante segura e com baixíssimo impacto ambiental, na medida em que não se tem nenhum influente poluente sendo liberado das usinas e elas ocupam um espaço muito pequeno. Eu acho que não há hoje no cenário energético mundial nenhuma alternativa mais viável para a produção de energia, em larga escala, sem impacto ambiental, do que a energia nuclear”, disse.

Segundo Barroso, a geração de energia nuclear para fins pacíficos pode ser garantida através da realização de inspecções periódicas.

“A área nuclear é muito aberta, ela é muito exposta a isso. Investiu-se muito nos últimos anos em qualificação de pessoal, em design de novos equipamentos, principalmente, em equipamentos de segurança. Então eu acho que a situação hoje é muito segura, as usinas são muito seguras. A gente tem aproximadamente 500 reactores funcionando no mundo hoje sem nenhum incidente reportado, nenhum incidente grave nos últimos 20 e poucos anos. Então a situação é muito boa”, explicou.

O vice-diretor-geral da Aiea, Yuri Sokolov, disse que por se tratar de conhecimento especializado, existe um risco de perda de informações vitais sobre energia nuclear devido a abismos geográficos num futuro próximo.