Perspectiva Global Reportagens Humanas

Thereza Gillies, 19/01/2007

Thereza Gillies, 19/01/2007

Encarregada de Recursos Humanos da Divisão de Logística do Departamento de Manutenção das Operações de Paz fala sobre o envio, à Libéria, do primeiro contingente 100% feminino de tropas de paz da ONU.

As cerca de 150 recrutas indianas devem chegar no país do oeste da África neste domingo para integrar a missão por seis meses. Elas ajudarão a treinar forças da Polícia Nacional do país.

A encarregada de Recursos Humanos da Divisão de Logística do Departamento de Manutenção das Operações de Paz, Thereza Gillies, avalia a participação feminina em tropas como positiva, em geral.

“As vantagens, acho que são inúmeras porque as mulheres darão apoio às outras que já estão na missão. Elas formam suas próprias comunidades. É um sentimento um pouco mais aconchegante. As pessoas que trabalham em situações, como são nossas missões, às vezes bastante extenuantes, perigosas enfim. As mulheres então criam esse sentimento de apoio entre elas”, explicou.

Gillies disse ainda que o aumento do numero de mulheres nas tropas de paz faz parte dos esforços da ONU de aumentar a participação feminina na organização.

“Obviamente existe machismo. Alguns homens ainda estão se acostumando ao facto de que existem tantas mulheres profissionais por aí. Às vezes, também em países em desenvolvimento, as mulheres enfrentam um pouco mais de discriminação - por serem mulheres e por estarem em tropas -, do que os homens enfrentariam”, disse.

Actualmente, menos de 3% das forças de paz no mundo são compostas por mulheres. Na Libéria, a ONU tem cerca de 15 mil capacetes azuis.