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Embaixador da Boa vontade da OMS para a Eliminação da Lepra em Angola

Embaixador da Boa vontade da OMS para a Eliminação da Lepra em Angola

O embaixador da Boa vontade da Organização Mundial da Saúde (OMS) para a Eliminação da Lepra, Yohei Sasakawa, iniciou quarta-feira uma visita a Angola, até há bem pouco tempo um dos sete países africanos mais afectados pela doença.

Os últimos dados apontam para 1800 casos novos no país mas a situação tem vindo a melhorar, segundo Conceição Palma, coordenadora do Programa Nacional de Luta contra a Lepra.

«A partir de Dezembro 2005, a prevalência da lepra baixou tanto que deixamos de ser um dos países mais endémicos do mundo. Porém, existem algumas províncias onde a situação continua a ser preocupante. São as províncias do Uíge, Cuanza-Sul, Malange, Cuando Cubango e Moxico. Elas notificam mais de mil casos de lepra durante o ano», indicou Palma.

Para melhorar ainda mais a situação, Angola baseia a sua estratégia em três pontos.

«A melhoria do acesso ao tratamento pela multi-droga terapia aos doentes. Estamos a fazer o treinamento do pessoal, um treinamento feito de forma integrada. De igual modo, estamos a dar uma atenção à supervisão das actividades no sentido de melhorar a qualidade do atendimento aos doentes», acrescentou a coordenadora do programa de luta contra a lepra.

Segundo Palma, graças à nova forma de tratamento, os leprosos já não são marginalizados em Angola.

«Os doentes já não são internados em leprosarias mas sim atendidos em ambulatório. Isso faz com que as pessoas vêm o doente da lepra como um doente qualquer. Já não há aquela estigmatização», concluiu.