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Unicef e TVs na luta contra Aids

Unicef e TVs na luta contra Aids

O Fundo das Nações Unidas para a Infância, Unicef, promoveu no Rio de Janeiro, o encontro entre executivos de TVs da América Latina e representantes de organizações que lutam contra o HIV/Aids para discutir como o meio de comunicação em massa pode ajudar no combate à epidemia.

Eu conversei com Beto Carmona, vice-presidente do Pela Vidda que falou da importância de se utilizar as TVs na campanha contra o HIV/aids:

“A importância é você estar divulgando um trabalho voluntário onde a preocupação maior é quanto à questão dos direitos humanos, o combate ao preconceito, ou seja, a valorização e o resgate da auto-estima das pessoas vivendo com a Aids. Desmistificar a questão do estigma da Aids, pessoas associando a Aids à morte, com uma coisa ruim mas que as pessoas podem viver muito bem mesmo sendo soropositivas”, afirmou Carmona.

Carmona falou também do papel do Brasil no tratamento e prevenção da doença:

“É importante que o Brasil seja um modelo para o mundo inteiro e a gente classifica que muitos países em desenvolvimento estejam bastante atrasados em relação a esse acolhimento às pessoas vivendo com Aids, então a gente acha que o Brasil possa ser um modelo na divulgação“

O Vice-presidente do grupo Pela Vidda explicou também o processo do trabalho junto às crianças brasileiras:

“Criança igual à vida é um trabalho que a gente desenvolve com as crianças soropositivas há mais de onze anos e obviamente a gente contempla a essas crianças que hoje são adolescentes e que a gente acabou tendo que ampliar nossa linha de ação de apoio também atendendo esses adolescentes na questão da auto-estima ate mesmo num trabalho inovador de estar revelando o diagnostico para as crianças desde cedo, preparando-as. E obviamente outras crianças, irmãos, amiguinhos que convivem com esses adolescentes acabam tomando conhecimento e acabam participando de muitos eventos“

Segundo estimativas do Programa Conjunto das Nações Unidas sobre HIV/aids, Unaids, cerca de 600 mil pessoas vivem com o vírus no Brasil. Já na América Latina, o número sobe para 1,6 milhão de pessoas infectadas, entre elas 32 mil são crianças.