Estados devem implicar-se na luta contra violência baseada no género, diz Ecosoc

O vice-presidente do Conselho Económico e Social das Nações Unidas (Ecosoc), Prasad Kairyawasam, considera que a eliminação de todas as formas de violência baseada no género é da responsabilidade dos Estados.

O encontro de peritos teve como objectivo identificar e discutir soluções legais, judiciais, médicas e psicológicas a este problema.

Entre as formas de violência contra as mulheres nas situações de emergência, destaca-se a sua utilização como escravas de sexo, segundo a professora Maria Regina da Silva.

Este membro do comité da Convenção das Nações Unidas para a Eliminação da Violência contra as Mulheres (Cedaw) lembra que o fenómeno afecta a África e não só.

“Isso existiu em outras situações designadamente na Bósnia. Foi uma das grandes armas que se utilizaram e as mulheres serviram como escravas sexuais. Em África é a mesma coisa. Elas servem como escravas sexuais para as forças masculinas que estão em conflito. Isso é um facto completamente condenável e completamente inaceitável a que tem sido dado visibilidade na última década”, referiu Silva.