Perspectiva Global Reportagens Humanas

RDCongo vai às urnas nas primeiras eleições livres em 40 anos

RDCongo vai às urnas nas primeiras eleições livres em 40 anos

Pela primeira vez em 40 anos, os eleitores da República Democrática do Congo (RDCongo) elegem livremente no domingo os futuros dirigentes do país.

A Igreja, que tinha ameaçado boicotar as eleições de domingo, apelou ao voto.

Héldes de Barros, funcionário da Missão da ONU na RDCongo (Monuc).

“De uma maneira geral, a situação não inspira muitos cuidados, isto tendo sempre em conta que estamos num país que está a sair de uma guerra. Mas é verdade que ontem (quinta-feira) particularmente houve um incidente grave.

No início da semana a igreja católica emitiu um comunicado que suscitou alguma preocupação mas ontem apelou a uma participação massiva na votação de domingo”, indicou Barros.

Os 17 mil Capacetes Azuis da Monuc, apoiados por uma força destacada pela União Europeia, deverão garantir o bom andamento do escrutínio.

“A novidade é a chegada da força da União Europeia pois os militares da Monuc estão no terreno há algum tempo. Ela vem ajudar a Monuc na sua missão que é apoiar as autoridades a realizarem as eleições, conforme o mandato do Conselho de Segurança”, acrescentou.

Entretanto, o Secretário-Geral, Kofi Annan, apelou aos responsáveis políticos congoleses a aceitarem os resultados, precisando que nas eleições há vencedores e vencidos.

Annan indicou ainda que a comunidade internacional está ao lado da RDCongo para a reconstrução do país.

As eleições presidenciais na RDCongo serão supervisionadas por mais de 1.200 observadores internacionais, entre eles o antigo chefe de Estado moçambicano Joaquim Chissano na qualidade de presidente de uma Comissão Internacional de Eminentes Personalidades Africanas.

Chissano foi designado pelo Secretário-Geral e pelo presidente da União Africana (UA), Dennis Sassou Nguesso.