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Unesco dedica semana aos Pequenos Estados Insulares

Unesco dedica semana aos Pequenos Estados Insulares

A Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciências e Cultura (Unesco) dedica esta semana à situação dos Pequenos Estados Insulares, alertando para a sua vulnerabilidade.

A iniciativa insere-se nas comemorações do 60º aniversário da organização, que recorda que os Pequenos Estados Insulares representam 20% dos seus Estados membros.

Três dos cinco Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa (Palop), designadamente Cabo Verde, Guiné-Bissau e São Tomé e Príncipe, fazem parte deste grupo, cuja geografia traz problemas específicos, segundo a ONU.

Em declarações à Rádio ONU, o ministro-conselheiro de São Tomé e Príncipe junto das Nações Unidas, Domingos Ferreira evoca o caso do seu país.

«São Tomé e Príncipe, enquanto país insular, tem problemas específicos como, por exemplo, o isolamento, a manutenção da sua segurança nas suas águas territoriais, o meio-ambiente, a saúde e a educação. Todos esses problemas são extremamente difíceis de se resolver devido à pequenez do país. Por isso, o governo tem procurado envontrar alguns parceiros pontuais para sair do isolamento e tentar implementar o seu plano de desenvolvimento», explicou.

Para apoiar os Pequenos Estados Insulares, foi adoptada a Declaração de Maurícias durante uma conferência das Nações Unidas realizada em 2005.

Segundo o diplomata, as autoridades santomenses têm procurado implementar as grandes linhas dessa declaração para poder arrancar com o seu programa de desenvolvimento.

«A Declaração de Maurícias é um instrumento que aborda todos os problemas relacionados com o desenvolvimento soció-económico das ilhas. O governo de São Tomé e Príncipe está a tentar implementar o seu plano de desenvolvimento e o dito plano está ligado à Declaração de Maurícias. Vai levar algum tempo para a implementação deste plano de acção da declaração mas ela consta das preocupações do Governo», concluiu Ferreira.