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Acesso ao tratamento contra o paludismo aumentou em África, segundo OMS

Acesso ao tratamento contra o paludismo aumentou em África, segundo OMS

O número de doentes com acesso ao tratamento contra o paludismo aumentou no continente africano, indicou o director regional para África da Organização Mundial da Saúde (OMS), o angolano Luís Sambo.

O paludismo ou malária mata anualmente entre 1.5 e 2.7 milhões de pessoas no mundo, 90% das quais em África.

Nos países afectados, como Angola, por exemplo, a doença afecta principalmente as mulheres grávidas e as crianças, precisa Maria José Costa, membro da equipa local da OMS.

"Anualmente são notificados cerca de três milhões de casos clínicos e 35 mil mortes. As mulheres grávidas e as crianças com menos de cinco anos continuam a ser as principais vítimas desta doença representando 25% das mortes maternas e 35% das mortes entre os menores de cinco anos", disse Costa.

Segundo Costa, as autoridades angolanas estão a implementar medidas de prevenção com destaque para a distribuição de mosquiteiros impregnados.

"O Ministério da Saúde, com o apoio dos parceiros, promove durante o mês de Julho uma campanha de vacinação com várias intervenções. Todas as crianças que forem vacinadas contra o sarampo e a pólio vão receber medicamentos como a Mevendezol e a Vitamina A assim como um mosquiteiro. Para além disso, está-se a proceder à pulverização domiciliária", acrescentou.

Já as medidas no domínio terapêutico incluem a distribuição de medicamentos e o reforço dos quadros de saúde, segundo a técncia da OMS.

"No ano passado, foi elaborada uma nova política de tratamento da malária simples com a introdução de uma terapêutica combinada com base na Artemisinina, o medicamento mais eficaz contra a doença e recomendado pela OMS. A nova política foi elaborada no ano passado e entrou em vigor esta semana com a distribuição de Quartin nalgumas províncias. Além disso, o Ministério da Saúde, com o apoio dos parceiros, está a formar e a reforçar os meios humanos a nível provincial", concluiu a médica.