Guterres: “G-20 pode liderar o mundo na corrida para o Plano Global de Vacinação”
Assuntos da ONU
Ministros das Finanças dos países do grupo reúnem-se em Veneza, na Itália, e secretário-geral das Nações Unidas destaca que são necessárias pelo menos 11 bilhões de doses para vacinar 70% da população mundial contra a Covid-19.
Os ministros das Finanças do G-20, que junta as maiores economias do mundo, estão reunidos em Veneza, na Itália, sendo este o primeiro encontro presencial do grupo em quase um ano e meio.
O secretário-geral das Nações Unidas falou ao grupo por vídeo, pedindo que o G-20 lidere o mundo no Plano Global de Vacinação, proposto essa semana por António Guterres.
O secretário-geral da ONU, António Guterres, exige medidas ousadas e novas políticas para enfrentar a mudança climática
Dívida Externa
Segundo o chefe da ONU, são necessárias 11 bilhões de doses para vacinar 70% da população mundial e assim, acabar com a pandemia de Covid-19.
Guterres falou também sobre solidariedade não apenas em relação à imunização, mas também em relação à dívida externa dos países em desenvolvimento.
O secretário-geral destacou que oito entre 10 pessoas que foram recentemente empurradas para a pobreza estão em países de renda média. Guterres espera que o G-20 amplie as iniciativas de alívio da dívida, para incluir essas nações e também as pequenas ilhas em desenvolvimento.
No ritmo atual, o mundo caminha para um aquecimento de pelo menos 3°C acima dos níveis pré-industriais até 2100
Mudança Climática
António Guterres aproveitou o encontro para falar ainda sobre mudança climática e as dificuldades em evitar que a temperatura global suba mais de 1,5º Celsius, como previsto no Acordo de Paris.
O que preocupa o chefe da ONU é “a falta de progresso no financiamento público sobre o clima”.
Ele lembrou que “a solidariedade começa quando os países desenvolvidos mobilizarem US$ 100 bilhões anuais, de fontes públicas e privadas, para mitigar os efeitos da mudança climática nos países em desenvolvimento”.
De acordo com Guterres, este acordo foi feito em 2009, mas não foi cumprido até agora. O secretário-geral lembrou que retomar a confiança no multilateralismo depende “da entrega de vacinas, da recuperação econômica e do financiamento climático”.