OMS alerta para gravidade da resistência ao antimalárico artemisinina
Terapia é tida como a mais eficaz para combater a doença; agência defende que consequências do cenário verificado na Ásia podem ser graves para a saúde global.
Leda Letra, da Rádio ONU em Nova Iorque.*
A Organização Mundial da Saúde, OMS, disse que está a levar “muito a sério a situação” causada pela descoberta de novos casos de malária resistente à artemisinina.
A ocorrer em outros países, as “consequências para a saúde global podem ser graves”, alertou a agência.
Sucessos
Trata-se do principal fármaco usado para o tratamento da doença, tendo sido responsável por sucessos verificados recentemente na redução global de casos.
Para a OMS, a resistência à artemisinina pode comprometer o avanço no controlo e na eliminação da malária. Os casos mais recentes foram detetados no Mianmar e no Vietname, após terem surgido na fronteira entre o Camboja e a Tailândia, em 2008.
Necessidades
Estimativas da OMS apontam para necessidades financeiras em torno de US$ 450 milhões, nos próximos três anos, para combater a malária. A doença é endémica em 10 países na região ocidental do Pacífico, incluindo Camboja, China, Malásia, Filipinas, Coreia do Sul e Vietname.
O comité regional da OMS está reunido na capital filipina, Manila, de onde apelou aos governos para capitalizar o compromisso político de resposta ao combate da malária.
*Apresentação: Eleutério Guevane.