ONU condena lançamento de roquete da Faixa de Gaza para Israel
Ato foi reivindicado pela brigada al-Qassam, da Faixa de Gaza; subsecretário-geral para os Assuntos Políticos pede que ambos os lados observem cessar-fogo assinado em Novembro.
Eleutério Guevane, da Rádio ONU em Nova Iorque.
As Nações Unidas condenaram, nesta terça-feira, o lançamento de um roquete contra Israel a partir da Faixa de Gaza. Agências noticiosas anunciaram a queda do projétil no sul do país.
De acordo com as informações das agências, o roquete não causou danos humanos mas atingiu uma estrada em Ashkelon.
Confrontos
Em Novembro, o governo israelita e o grupo Hamas, que controla a Faixa de Gaza, assinaram um cessar-fogo que pôs termo a oito dias de confrontos.
Num informe ao Conselho de Segurança, o subsecretário-geral para os Assuntos Políticos, Jeffrey Feltman, disse que o ato foi reivindicado por um grupo da Faixa de Gaza. A formação é tida como braço armado do movimento Hamas.
Responsabilidade
De acordo com o representante, a brigada Al-Aqsa Martyrs reclamou ter levado a cabo o ato, que considerou desenvolvimento inquietante.
Feltman pediu contenção máxima, e sublinhou que ambos os lados devem continuar a observar o cessar-fogo, assinado há três meses.
Violência
Para o representante, o ataque pode renovar a espiral de violência que vai provocar sofrimento para os palestinianos e para os israelitas.
Antes, o coordenador especial das Nações Unidas para o Processo de Paz no Médio Oriente disse estar “profundamente preocupado” com o retomar dos lançamentos dos roquetes.
Trégua
Em comunicado, Robert Serry considerou o ato totalmente inaceitável e afirmou que os acontecimentos reforçam a importância do prosseguimento dos esforços do Egito para solidificar a trégua mediada pelo país.
No Conselho de Segurança, Feltman referiu que na Cisjordânia ocorreram confrontos entre as forças israelelitas e manifestantes palestinianos durante este fim de semana.
Os atos seguiram-se à morte de um prisioneiro palestiniano que estava sob custódia israelita, e saldaram-se em 43 feridos do lado palestiniano e outros dois soldados israelitas.