Presidente moçambicano pede Nova Ordem no Comércio a nível global
Falando à comunidade internacional, Armando Guebuza pediu um sistema económico concebido de forma a constringir as oportunidades de desenvolvimento acelerado aos países em desenvolvimento.
Manuel Matola, da Rádio ONU em Maputo.
O presidente de Moçambique, Armando Guebuza, apelou para instituição de uma nova ordem mundial, visando a adoção de regras comerciais mais livres para os países em desenvolvimento.
Dirigindo-se ao corpo diplomático, o líder pediu a conclusão das negociações da Organização Mundial do Comércio sobre a Agenda de Desenvolvimento de Doha. Moçambique aderiu à organização em Agosto de 1995.
Oportunidades
“O nosso continente tem feito progressos assinaláveis no domínio social e económico, posicionando-se como uma zona de crescimento e progresso. Todavia, notamos, com preocupação, que as possibilidades de maior progresso são limitadas por uma ordem global e um sistema económico concebidos de forma a constringir as oportunidades de desenvolvimento acelerado de países como o nosso”.
Aos representantes da comunidade internacional, o chefe de Estado moçambicano justificou a importância de um acordo em torno da Agenda de Desenvolvimento de Doha. O documento é tido como a mais abrangente discussão da ONU para derrubar barreiras comerciais entre os países.
Recursos
“A ambição dos países em desenvolvimento é atingir patamares que lhes permitam alcançar altos níveis de progresso e bem-estar, usando os seus abundantes recursos humanos e naturais como motores desse progresso”.
A ronda de negociações da Organização Mundial do Comércio, lançada em 2001, pretende diminuir obstáculos comerciais no mundo. Os subsídios agrícolas são o principal ponto de controvérsia nas conversações entre os países ricos e em desenvolvimento.