OMS emite novas recomendações contra HIV-Sida
A Organização Mundial de Saúde estima que as novas medidas preventivas devem ajudar a diminuir o risco de transmissão de mãe para filho para 5% ou menos; todos os anos ocorrem cerca de 2,7 milhões de novas infecções.
Daniela Traldi, da Rádio ONU em Nova York*.
Em vésperas do Dia Mundial de Luta contra a Sida, a Organização Mundial de Saúde, OMS, divulgou esta segunda-feira novas recomendações para o tratamento e prevenção da doença.
A OMS indica o início mais cedo da terapia com antiretrovirais para adultos e adolescentes, a distribuição de medicamentos mais favoráveis aos pacientes e o uso prolongado dos remédios para reduzir o risco de transmissão do HIV da mãe para o filho.
Antiretrovirais
A agência da ONU também aconselha as mulheres seropositivas que os antiretrovirais sejam utilizados durante a amamentação.
O director-geral assistente da OMS para HIV-Sida, Hiroki Nakatani, afirmou que as recomendações foram baseadas nos dados disponíveis mais actualizados e que a sua adopção em larga escala vai permitir que um número maior de pessoas em áreas de alto nível de infecção possam viver mais e com mais saúde.
Mulheres grávidas devem usar os antiretrovirais a partir das 14 semanas de gestação, e não mais esperarem até à 26ª. semana, e devem continuar até ao final do período de amamentação, em que a criança completa um ano de idade.
Sobrevivência
A OMS estima que as novas medidas preventivas devem ajudar a diminuir o risco de transmissão de mãe para filho para 5% ou menos, e melhorar as probabilidades de sobrevivência da criança.
O desafio seria aumentar a disponibilidade de tratamento em países com poucos recursos.
A Sida é a principal causa de morte entre mulheres em idade reprodutiva. Por ano, ocorrem cerca de 2,7 milhões de novas infecções e quase 34 milhões de pessoas no mundo são portadoras do HIV.
*Apresentação: João Duarte, de Londres para a Rádio ONU.