OMS declara pandemia de gripe
Anúncio foi feito em Genebra, sede da agência, após reunião de emergência com países-membros do órgão; OMS não impôs restrições a viagens.
Mônica Villela Grayley, da Rádio ONU em Nova York.
A Organização Mundial da Saúde, OMS, declarou nesta quinta-feira que o vírus A(H1N1) é a primeira pandemia do século 21.
O anúncio foi feito em Genebra, na Suíça, pela diretora-geral da agência, Margaret Chan.
Pandemia
Chan disse que o vírus está se espalhando e com base em informação científica e na disseminação do vírus pelo mundo, a OMS decidiu elevar o risco de pandemia para 6, o máximo da escala de alerta.
A doença já afetou quase 30 mil pessoas em 74 países, causando 144 mortes, a maioria no México.
Os países com o maior número de casos são Estados Unidos, México, Canadá, Chile e Austrália.
Grávidas
De acordo com Chan, o A(H1N1) continuará se espalhando, mas a agência não espera muitas vítimas fatais.
A diretora-geral da OMS disse que ainda não se sabe como o vírus deverá se comportar nos países em desenvolvimento.
Para ela, grávidas que se contaminarem com o vírus estariam sujeitas a mais complicações.
Vigilância
Numa entrevista, antes do anúncio, a diretora do Departamento de Saúde Pública e Meio Ambiente da OMS, Maria Neira, disse à Rádio ONU, de Seul, na Coreia do Sul, que a fase 6 não deve gerar maior preocupação, mas sim mais vigilância.
"No caso de passar a esta fase 6, isso significa somente que o vírus está circulando. É uma consistência com os critérios que temos de classificação da pandemia e que o vírus circula em todos os lados.
Continente Africano
Mas não deve gerar uma preocupação mais importante que tínhamos ontem. O vírus está circulando, mas a gravidade não é como a gente antecipava. Parece que os casos são leves. Temos que continuar com uma vigilância do vírus e saber como os casos irão reagir", afirmou.
O continente menos afetado pela gripe A(H1N1) continua sendo a África. Apenas um caso foi registrado no Egito com uma menina que vive nos Estados Unidos e que viajou ao país africano de férias.
A OMS não impôs nenhuma restrição a viagens por causa da pandemia.