Uneca preocupada com retirada dos EUA do Acordo de Paris
Especialista da Comissão Económica para a África alerta que o mundo não será capaz de evitar as mudanças climáticas se países continuarem a depender de combustíveis fósseis.
Denise Costa da ONU News, em Nova Iorque.
A saída dos Estados Unidos do Acordo de Paris vai ter implicações maciças sobre o apoio do país ao financiamento de ações climáticas no mundo em desenvolvimento.
A declaração foi de James Murombedzi, Coordenador do Centro Africano de Política Climática, na Comissão Económica para a África, Uneca. Ele acrescentou que os EUA são o segundo maior emissor de gases do efeito de estufa no mundo.
Combustíveis
Segundo o especialista, com a retirada do tratado o país “abdica de responsabilidades e compromissos”. A decisão dos EUA deve-se em parte aos grandes interesses do lobby de combustíveis fósseis, que procuram lucrar com os investimentos, explicou Murombedzi.
Com a saída do acordo, os EUA abandonam o compromisso de reverter as regulamentações ambientais e economizam os empregos em combustíveis fósseis.
Alternativas
Apesar dos esforços globais para mudar a trajetória de desenvolvimento sustentável para sistemas energéticos mais limpos, os interesses de combustível fóssil adquiridos continuam a ser dominantes em muitos países desenvolvidos e em desenvolvimento.
Murombedzi enfatizou que o mundo não será capaz de evitar as mudanças climáticas se os países continuarem a depender de combustíveis fósseis para as suas necessidades energéticas, acrescentando que o investimento deve mudar para alternativas limpas.