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OIM recolhe dados sobre condições de migrantes detidos na Líbia

OIM recolhe dados sobre condições de migrantes detidos na Líbia

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Primeira parte do estudo avaliou acesso a serviços como eletricidade, latrinas, sistema de ventilação e lavandaria; dados devem ajudar a melhorar qualidade de serviços oferecidos aos deslocados internos.

Eleutério Guevane, da ONU News em Nova Iorque.

A Organização Internacional para Migrações, OIM, registou 500 migrantes que vivem em 13 centros de detenção na Líbia durante a primeira etapa do estudo sobre as condições oferecidas ao grupo.

A avaliação Perfis do Centro de Detenção da Líbia decorreu em todas as regiões exceto no norte do país. A agência pretende tornar disponíveis dados fiáveis sobre esses locais.

Rondas

A OIM revelou que mais centros farão parte das próximas rondas de recolha de dados que incluem informação sobre a oferta de serviços como eletricidade, latrinas, sistema de ventilação e lavandaria.

A ideia é que todas as organizações saibam quais as características dos migrantes que ocupam os centros bem como as suas condições de saúde. A OIM estima que 381,5 mil migrantes de 38 nacionalidades vivem na Líbia.

Nas áreas de Trig al Shook, Gharyan Al Hamra e Trig al Seka foi registada a existência de serviços de saúde em apenas sete locais. Quase todos os centros tinham serviços para encaminhar imigrantes doentes para o hospital.

Os desafios incluem a falta de ventilação, registada num terço dos centros. Em nove dos 13 locais, os migrantes tinham acesso a espaços livres durante menos da metade do dia.

O grupo pode ter acesso regular à água potável em áreas como Benghazi al Wafiah, Salah Aldin e Tobruk.

Refeições

Os outros serviços avaliados incluem rastreamento jurídico, médico, de saúde, psicossocial e familiar. Nesses locais foi recolhida informação sobre o acesso dos migrantes a refeições, cerca das doenças existentes e dos que foram afetados recentemente.

O trabalho na Líbia segue-se a uma experiência da OIM no Sudão do Sul que pretendia ajudar a melhorar a qualidade de serviços oferecidos aos deslocados internos.

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Foto: ONU