Região do Corno de África em grande risco de sofrer impactos do La Niña
Representante do Ocha destaca ser importante agir cedo para prevenir possíveis efeitos; regiões sul e central da Somália, além do norte de Quénia e partes da Etiópia serão afetadas.
Leda Letra, da ONU News em Nova Iorque.
É essencial estar à frente de crises humanitárias alimentadas por eventos climáticos que causam destruição como os fenómenos El Niño e La Niña. Esta é a opinião do representante sénior do Escritório das Nações Unidas para a Coordenação de Assuntos Humanitários, Ocha.
Greg Puley foi entrevistado pela ONU News e explicou qual será a melhor maneira de tratar o problema em 2018. Os fenómenos El Niño e La Niña representam o resfriamento e o aquecimento da água no Oceano Pacífico central.
Abrigos e Comida
Entre os efeitos, estão secas e enchentes, mas o representante do Ocha, Greg Puley, explica que prevenção é essencial.
Segundo ele, é preciso investir com antecedência para fornecer comida, água e abrigo para pessoas que ficam desalojadas por enchentes, por exemplo.
Puley destaca que existem maneiras de aliviar o sofrimento humanitário, como, por exemplo, acompanhar as previsões do clima e assim, liberar fundos para as operações de ajuda um pouco antes das tempestades acontecerem.
África
O representante do Ocha explica que existe 70% de chances de que o La Niña causará nesse ano impactos profundos, principalmente na região do Corno de África.
Greg Puley informa que o ciclo de seca deve afetar sul e centro da Somália, norte do Quénia e sudoeste da Etiópia, apenas aumentando as dificuldades já enfrentadas por essas regiões. Por isso, antecipar intervenções é a estratégia humanitária mais eficaz.
Durante o último El Niño, ocorrido há dois anos, 23 países, representando 60 milhões de habitantes, precisaram pedir ajuda de emergência para lidar com os efeitos do fenômeno natural.
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