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Projeto de música para Agenda 2030 da ONU no Brasil chega a Moçambique

Projeto de música para Agenda 2030 da ONU no Brasil chega a Moçambique

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Piloto foi desenvolvido pelo Centro Mundial de Desenvolvimento Sustentável, Centro Rio+, no Rio de Janeiro, com músicos na Baixada Fluminense e deve ser replicado pela ONU em Moçambique no ano que vem.

Laura Gelbert Delgado, da ONU News em Nova Iorque.

Música e arte como ferramentas para promover a Agenda 2030 de Desenvolvimento Sustentável. Esta á a ideia de um projeto-piloto desenvolvido pelo Centro Mundial de Desenvolvimento Sustentável, Centro Rio+, no Rio de Janeiro e que deve ser replicado pelo Sistema das Nações Unidas em Moçambique no ano que vem.

Com uma população de quase 4 milhões de habitantes, a Baixada Fluminense foi berço do projeto “Música para o Desenvolvimento Sustentável”. Do Rio de Janeiro, o diretor do Centro RIO+, Rômulo Paes de Sousa, falou à ONU News sobre a iniciativa.

Música

“A Agenda 2030 é uma agenda para o mundo e para todos. Ela prevê uma articulação dos governos, do setor produtivo, das indústrias, grandes, médias e pequenas, da área de serviços, mas o maior e principal ator transformador da Agenda 2030 é a população, são as pessoas em geral, somos nós no nosso cotidiano. E para chegarmos a essas pessoas é necessário que nós tenhamos uma estratégia eficaz para atrair a atenção das pessoas e para que elas compreendam o conteúdo da Agenda 2030 (...) A música é uma das principais ferramentas para comunicarmos essa Agenda”.

Assista ao vídeo com o diretor do Centro RIO+, Rômulo Paes de Sousa.

Representantes do Centro Rio+, do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento Sustentável, Pnud, e do coletivo de músicos “Baixada Nunca se Rende”, coautores da iniciativa, foram a Maputo para um workshop com objetivo de replicar o projeto em Moçambique em 2018.

Da capital moçambicana, o músico e professor brasileiro Renato Aranha falou do projeto com a Agenda 2030.

Objetivos

“Eu nem vou falar de um objetivo específico, eu acho que os 5 Ps, que falam de pessoas, parcerias, prosperidade, planeta, acho que todo esse conjunto já representa e já me inclui porque eu estou no planeta, eu faço parcerias, eu sou uma pessoa dentre tantas outras, então, eu já me sinto incluído”.

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Músicos do Brasil e Moçambique em evento em Maputo. Imagem: reprodução vídeo.
Já o músico moçambicano Zander Baronet, disse com qual objetivo mais se identifica.

“De uma certa forma eu forma, eu acabo interagindo com cada objetivo no meu dia-a-dia (...) Fora isso, eu faço pequenas palestras em escolas públicas, falo com alunos, em termos de não ao bullying, não ao álcool e às drogas nas escolas, então a educação. Porque eu acredito que se nós começarmos a educar os pequenos de hoje, não esqueça que eles serão os adultos de amanhã, então, eu tenho isso em mente, que se nós moldarmos os nossos pequenos hoje de uma forma correta, da forma que nós queremos que eles possam crescer e ser, amanhã teremos um Moçambique um bocado melhor, então é mais ou menos por aí, eu vou mais pela educação”.

A coordenadora residente do Sistema das Nações Unidas em Moçambique, Márcia de Castro, disse estar convencida de que a “música e a arte são elementos fundamentais para posicionar e promover a Agenda”.

“Na semana passada arrancamos aqui em Moçambique o projeto sobre música para avançar o desenvolvimento sustentável. Essa parceria entre o Centro Rio+, a ONU Moçambique, o Centro Cultural Brasil Moçambique e a Associação de Músicos em Moçambique se compromete a usar a música e a arte para falar sobre o desenvolvimento e, assim, atingir uma população mais jovem, entusiasmada e que precisa conhecer a importância dessa Agenda para eles e para toda a nossa sociedade. Foi uma grande iniciativa e vamos seguir juntos”.

Na capital moçambicana, as atividades aconteceram na sede das Nações Unidas, no Centro Cultural Brasil-Moçambique e em Mafalala, região da periferia de Maputo.

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Photo Credit
Integrantes do coletivo de músicos Baixada Nunca se Rende. Foto: Centro RIO+, Pnud.