Agências da ONU estão envolvidas no apoio aos sobreviventes; veículo que transportava grupo de 50 pessoas capotou entre Agadez e Dirkou no Níger; rota para a Líbia é usada por migrantes africanos para chegar à Europa.

Eleutério Guevane, Rádio ONU em Nova Iorque.

Bebés e mulheres estão entre 44 migrantes que “morreram de sede” no deserto do Saara depois de o veículo em que estavam ter capotado enquanto seguia do Níger para a Líbia.

A Organização Internacional para Migrações, OIM, disse que a descoberta foi feita depois de um alerta de sobreviventes na quinta-feira, numa aldeia remota nigerina próxima do deserto do Saara.

Sobreviventes

O grupo é composto principalmente por ganeses e nigerianos que tentavam chegar à Europa através da Líbia. As seis pessoas que escaparam vivas continuam a receber apoio da agência das Nações Unidas.

A rota do Níger para a Líbia é a única usada por migrantes africanos subsaarianos para chegar à Europa pelo Mar Mediterrâneo.

De acordo com a OIM,  em cada semana há milhares de pessoas abarrotadas em caminhões para seguir a viagem de dias e muitas vezes com apenas alguns litros de água.

A Agência da ONU para Refugiados, Acnur, cita relatos dos sobreviventes dando conta de que além da alta de água potável as cerca de 50 pessoas  estavam expostas ao calor extremo entre cidades de Agadez e Dirkou.

Contrabandistas 

A agência disse que as mortes chocantes fazem parte do “panorama maior da exploração”, porque os contrabandistas aumentam as suas ações que resultam nas mortes do Mediterrâneo que começam a ocorrer no deserto do Saara.

O Acnur reitera o apelo por alternativas confiáveis às perigosas travessias dos que precisam de proteção internacional, incluindo formas acessíveis e seguras para chegar à Europa. Entre essas medidas estão a reunificação familiar, o reassentamento e o apoio privado aos viajantes.

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