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OMS fala de aumento no registo de causas de morte para cerca de metade

OMS fala de aumento no registo de causas de morte para cerca de metade

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Agência revela que conhecimento das razões de doenças e óbitos ajuda na ação para travar aumento; Portugal e Brasil lideram registos sobre água e saneamento que causam muitas enfermidades e óbitos.

Eleutério Guevane, da ONU News em Nova Iorque.*

Um novo relatório da Organização Mundial da Saúde, OMS, revela que quase metade das mortes do mundo já tem causa conhecida. Foram pelo menos 27 milhões dos 56 milhões de óbitos registados em 2015.

A Estatística Mundial da OMS  publicada esta quarta-feira, em Genebra, revela que um terço das mortes tinha causa registada em 2005. A evolução de registo em países como China, Turquia e Irão subiu de 5% em 1999 aos atuais 90%.

Tendências

De acordo com a agência, dados incompletos ou incorretos sobre mortes registadas baixam a utilidade desses dados para rastrear as tendências de saúde pública, planear medidas para melhorar a saúde e avaliar o resultado de políticas.

O documento destaca melhorias na recolha de estatísticas essenciais e no controlo dos avanços para cumprir os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável, ODSs.

O relatório destaca ainda causas ambientais, mortalidade materno-infantil e razões ligadas ao saneamento e à qualidade da água que são fatores por detrás de várias doenças.

Lusófonos

Entre os lusófonos, toda a população de Portugal tem acesso ao saneamento melhorado. A seguir está o Brasil com 83%, Cabo Verde com 72%, Angola com 52%, Timor-Leste com 41%, São Tomé e Príncipe com 35% e por fim Moçambique e Guiné-Bissau com 21% cada um.

Em Portugal, toda a população está coberta com fontes de água potável melhoradas. Em segundo lugar está Brasil com 98% e seguem-se São Tomé e Príncipe com 97%, Cabo Verde com 92%, Guiné-Bissau com 79%, Timor-Leste com 72%, Moçambique com 51% e Angola com 47%.

Com 48% das causas de morte registadas no mundo, a diretora adjunta da OMS para Sistemas de Saúde e Inovação, Marie-Paule Kieny, destacou que quando os países não sabem o que mata ou torna as pessoas doentes “é muito mais difícil saber o que fazer em relação a isso”.

A agência coopera com os países para reforçar os sistemas de informação de saúde e melhorar o seguimento dos seus progressos para atingir os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável, ODSs.

*Apresentação: Denise Costa.

Photo Credit
Ilustração: OMS