RD Congo regista três mortes suspeitas por ébola
Autoridades acompanham 125 contactos próximos com doentes; diretora da OMS para África reuniu-se com autoridades de saúde no país; áreas do nordeste com casos suspeitos têm transportes e comunicações limitados.
Eleutério Guevane, da ONU News em Nova Iorque.
A Organização Mundial da Saúde, OMS, registou três mortes e 19 casos suspeitos de ébola até esta segunda-feira no nordeste da República Democrática do Congo, RD Congo.
A situação é acompanhada por funcionários do Programa de Emergência da OMS na sequência da presença no país da diretora da agência para África, Matshidiso Moeti. No fim de semana, em Kinshasa, a responsável encontrou-se com o comité do Ministério da Saúde que lida com o surto.
Fronteira
Os primeiros resultados positivos foram confirmados na quinta-feira em duas de cinco amostras recolhidas nas áreas de Nambwa, Mouma e Ngay. São regiões remotas onde estão a ser seguidas 125 pessoas que tiveram contactos próximos com pacientes de ébola.
Os locais mais afetados são de difícil alcance e fazem fronteira com duas províncias congolesas e com a República Centro-Africana.
Primeira vítima
A primeira vítima registada tinha 39 anos e apresentou-se às autoridades de saúde a 22 abril com sintomas como febre, fraqueza, vómitos, diarreia com sangue, sangue na urina, sangramento do nariz e cansaço extremo.
O paciente morreu a caminho de uma outra unidade de saúde situada no distrito de Likati para onde foi transferido.
Dois dias depois, um motociclista que transportou a primeira vítima e outra pessoa que apoiou durante o processo apresentaram febres agudas. O condutor morreu a 26 de abril e várias próximas dos pacientes teriam desenvolvido sintomas semelhantes.
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