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Situação na RD Congo é “profundamente alarmante”, declara Zeid

Situação na RD Congo é “profundamente alarmante”, declara Zeid

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Alto comissário da ONU para direitos humanos citou “relatos horríveis de atrocidades” no país africano; representante citou ainda fome no Iémen e Sudão do Sul; Zeid falou com jornalistas sobre questões em diversas partes do mundo.

Laura Gelbert Delgado, da ONU News em Nova Iorque.

O alto comissário das Nações Unidas para Direitos Humanos, Zeid Al Hussein, falou com jornalistas por mais de uma hora nesta segunda-feira, em Genebra, expressou preocupações e comentou sobre várias questões relacionadas ao direitos humanos ao redor do mundo.

Zeid declarou que a situação é “profundamente alarmante” na República Democrática do Congo.

RD Congo

Ele afirmou que equipas da ONU continuam a trabalhar, falar com vítimas e testemunhas, documentar violações e defender prestação de contas diante de “relatos horríveis de atrocidades” onde centenas de pessoas morreram. O alto comissário lembrou ainda que 40 valas comuns foram descobertas recentemente.

O alto comissário declarou que as mortes de dois especialistas da ONU, Michael Sharp e de Zaida Catalan, trouxeram à tona os riscos deste trabalho.

Zeid expressou luto pela morte de centenas de pessoas nos últimos meses na República Democrática do Congo e pediu “investigação imparcial e justiça” independentemente de que sejam os responsáveis.

Fome

O alto comissário afirmou ainda que violações de direitos humanos também resultaram em fome no Iémen e no Sudão do Sul e outras problemas na área exacerbaram os impactos da seca em outros locais como Quénia, Somália e norte da Nigéria. Ele ressaltou ainda ataques e a morte de trabalhadores humanitários no Sudão do Sul.

Na entrevista, Zeid falou ainda sobre mortes de jornalistas e ameaças a ativistas de direitos humanos. Entre outros tópicos, ele citou ainda relatos “alarmantes” sobre o tratamento de indivíduos Lgbti na Chechênia.

Nesta terça-feira, o alto comissário inicia uma visita oficial à Etiópia.

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Fome no Iémen e Sudão do Sul. Foto: ONU/Eskinder Debebe