Em entrevista à ONU News, titular da Pasta de Planeamento e Investimento Estratégico afirmou que seu país defende mais contacto com as populações, e que mantém uma excelente colaboração com agências das Nações Unidas no terreno.

Monica Grayley, da ONU News em Nova Iorque.*

O processo de reforma das Nações Unidas conta com o pleno apoio do Timor-Leste. A declaração foi feita à ONU News pelo ministro do Planeamento e Investimento Estratégico do país asiático, Xanana Gusmão.

Gusmão que foi presidente e primeiro-ministro timorense afirma que o Timor teve uma boa experiência com a antiga Missão das Nações Unidas e posteriormente com as agências e fundos da ONU, que também têm representação em Díli, capital do país.

Perceção

“Quando nós queremos apoiar a reforma é nesta interação entre as agências da ONU em países concretos. Às vezes, vai-se para lá ou se está a outro lado a dar rodas para aqui e para ali quando é preciso maior contacto com as populações. Maior perceção da realidade. Isto é o que afeta muitas vezes a pouca comparação entre os beneficados e os doadores.”

O processo de reforma das Nações Unidas está a ser discutido há vários anos. O tema foi também um dos destaques da proposta de candidatura do secretário-geral António Guterres, quando ele concorreu ao posto ao lado de mais 12 candidatos.

Implementação

De acordo com o novo chefe das Nações Unidas, durante uma entrevista à ONU News em outubro, a implementação da reforma deve ser feita para tornar a “organização mais eficaz e sobretudo mais virada para aqueles que dela necessitam, mais descentralizada, mais ligada aos problemas das pessoas em todos os cantos do mundo, onde as Nações Unidas hoje representam um papel muito importante.”

Xanana Gusmão esteve na sede da ONU, na semana passada, quando realizou uma visita ao secretário-geral. Gusmão contou que parabenizou Guterres pela eleição e reiterou o apoio do Timor para seguir a cooperar com a organização.

*Apresentação: Denise Costa.