Enviado da ONU revela frustração com situação de carenciados; elementos do exército impediram forças de paz de realizar uma patrulha; confrontos com a oposição tendem a  alastrar-se para a margem ocidental do rio Nilo.

Eleutério Guevane, da ONU News em Nova Iorque.

As Nações Unidas estão preocupadas com cerca de 20 mil deslocados com paradeiro desconhecido no Sudão do Sul.

Em nota emitida esta quinta-feira, o  chefe da Missão da ONU no Sudão do Sul, Unmiss, David Shearer, considerou “um real problema” a falta de informações sobre a situação do grupo da margem ocidental do rio Nilo, no norte.

Patrulha

O pronunciamento foi feito depois de elementos do exército terem impedido as forças de paz das Nações Unidas de realizar uma patrulha a pé até a aldeia de Wau Shilluk, no oeste.

David Shearer, que também é representante do secretário-geral das Nações Unidas no país, descreveu a situação como “muito frustrante” por envolver  pessoas que carecem de assistência.

Shearer realizava a sua primeira visita a um acampamento da cidade de Malakal depois de ter assumido o posto.

Combates

Uma das hipóteses é que o grupo tenha fugido para Kodok a partir de Wau Shilluk. A cidade, situada a mais de 12 km da base da ONU em Malakal, foi abandonada após combates que levaram cerca de 33 mil pessoas a pedir abrigo num campo gerido pela operação de paz.

Os combates entre as forças do Spla do governo e as da oposição criaram mais deslocamentos porque se estenderam pela margem oriental na semana passada. Segundo a Unmiss os confrontos “não mostram sinais de diminuir”.

A Unmiss disse estar cada mais preocupada com a tendência de alastramento dos combates na área.

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