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Aiea elogia experiências africanas que ganharam reconhecimento na ciência

Aiea elogia experiências africanas que ganharam reconhecimento na ciência

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Josefina Hamutoko investigou sobre recursos hídricos subterrâneos na Namíbia; Francis Hasford, do Gana, também recebeu prémio Jovem Cientista do Ano por estudar o diagnóstico e o tratamento do cancro da próstata.

Eleutério Guevane, da ONU News em Nova Iorque.

A Agência Internacional de Energia Atómica, Aiea, elogiou estudantes bolseiros africanos que receberam o prémio Jovem Cientista do Ano 2016.

Trata-se da namibiana Josefina Hamutoko, que foi reconhecida pelo estudo de recursos hídricos subterrâneos do seu país, e do ganês Francis Hasford, pela pesquisa sobre como melhorar o diagnóstico e o tratamento do cancro de próstata.

Pesquisas

Josefina Hamutoko apresentou as suas pesquisas em vários locais do mundo, incluindo na capital austríaca, Viena. Ela fez uma apresentação na Aiea durante o simpósio internacional sobre hidrologia isotópica em 2015.

A investigadora defende que as águas subterrâneas “são dinâmicas e afetadas pelo clima, espaço e tempo, por isso há necessidade de muitas amostras para obter os melhores resultados”. A Namíbia é um dos países mais áridos do mundo e está situada ao lado de dois desertos.

A cientista defende que é necessário entender como gerir a água de uma forma sustentável, o que é impossível sem entender os sistemas de águas subterrâneas.

Cancro da próstata

Do Gana, o Jovem Cientista do Ano foi Francis Hasford, graças ao seu estudo sobre diagnóstico e tratamento do cancro da próstata.

Ele usou um sistema de tomografia para ter imagens mais nítidas do que vários outros estudos de medicina nuclear para obter dados sobre funcionamento dos órgãos. Hasford fez uma combinação entre o ultrassom e um programa para gerar imagens para a medicina.

O premiado abraçou o tipo de pesquisa após a morte do seu pai e pelo facto de o cancro ser a quarta maior causa de morte no Gana, que regista cerca de 16 mil novos casos por ano.

O galardoado reitera que é preciso fazer mais estudos sobre o tratamento do cancro da próstata para gerar melhores resultados e evitar complicações para os pacientes.

Photo Credit
Josefina Hamutoko em simpósio na Aiea em maio de 2015. Foto: Aiea (arquivo)