Eleições acontecem esta quarta-feira; equipas da ONU forneceram ajuda logística e financeira por meio de doadores; representante do secretário-geral lembra que processo eleitoral foi criticado pela vulnerabilidade à corrupção.

Leda Letra, da ONU News em Nova Iorque.

Nesta quarta-feira ocorrem as eleições presidenciais na Somália, um processo com um “grande clima de antecipação”. Quem afirma é o representante especial das Nações Unidas para o país, Michael Keating.

Na véspera do pleito, a capital Mogadíscio estava totalmente bloqueada. Segundo Keating, as únicas pessoas que se movimentavam na cidade eram os integrantes do Parlamento e candidatos, além dos 23 concorrentes às eleições presidenciais e membros das forças de segurança.

Corrupção

Em entrevista à ONU News, o representante para a Somália explicou que as Nações Unidas forneceram apoio logístico e, por meio de doadores, ajuda financeira. Keating destaca que o processo eleitoral é todo organizado pelos somalis.

O enviado lembrou que o processo eleitoral na Somália recebeu críticas por ser considerado “muito complicado e muito vulnerável à corrupção, ao suborno e a intimidações”.

Detalhes do pleito

Mas Michael Keating explica que até agora, foram registados resultados interessantes: 25% das representantes do Parlamento são mulheres e não houve nenhum ataque violento da milícia terrorista al-Shabaab.

O representante da ONU lamenta, entretanto, que nenhuma mulher esteja entre os 23 candidatos à presidência. Como será difícil que um candidato consiga logo dois terços das cadeiras do Parlamento, é muito provável que ocorra uma segunda volta das eleições e talvez até uma terceira.

Isso tudo deve ocorrer de forma consecutiva, para que o novo presidente possa ser nomeado nos próximos dias. Michael Keating destaca que se tudo correr bem, a Somália ter um presidente com uma transição de poder pacífica será um passo “extremamente importante para o país”, especialmente com um novo líder eleito pelos parlamentares.

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