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Retomada mediação da RD Congo, chefe da ONU acompanha de perto

Retomada mediação da RD Congo, chefe da ONU acompanha de perto

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Em nota emitida por seu porta-voz, secretário-geral instou as partes envolvidas na mediação liderada pela Conferência episcopal nacional das igrejas do Congo, Cenco, que trabalhem de forma construtiva e em boa fé.

Laura Gelbert, da ONU News em Nova Iorque.*

O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, acompanha de perto os acontecimentos na República Democrática do Congo assim como a mediação liderada pela Conferência Episcopal Nacional das Igrejas do Congo, Cenco, que foi retomada nesta quarta-feira.

Em nota emitida por seu porta-voz, Ban instou as partes envolvidas na mediação liderada pela Cenco que trabalhem de forma construtiva e em boa-fé. O chefe da ONU referiu-se a questões pendentes relacionadas a processo de transição levando às eleições, em conformidade com a Constituição do país. 

Interesse do país

Ban pediu a líderes políticos congoleses para colocarem os interesses do país e de sua população acima de considerações partidárias e pessoais.

Ele fez um apelo para que estes diminuam as tensões e criem um ambiente propício para que o diálogo facilitado pela Cenco seja completado e para a realização de eleições transparentes e a tempo.

O secretário-geral também encorajou o novo governo, liderado pelo primeiro-ministro Samy Badibanga, que tome medidas concretas, de acordo com o acordo político de 18 de outubro.

Violência

Na nota, Ban deplorou a perda de vidas que, segundo relatos, teriam ocorrido durante confrontos entre forças de segurança e manifestantes, incluindo na capital Kinshasa.

Ele defendeu ser preciso que as forças de segurança nacionais exerçam “máxima contenção na manutenção da ordem pública”. O líder da ONU pediu às autoridades da República Democrática do Congo que investiguem quaisquer atos de violência e garantam que os autores sejam responsabilizados.

O secretário-geral também pediu a todos os líderes políticos, inclusive a oposição, que “exerçam máxima contenção” em suas ações e declarações e instem seus apoiadores que evitem a violência.

Mais uma vez, Ban fez um apelo às autoridades para que promovam e respeitem os direitos humanos e defendam as liberdades fundamentais contidas na Constituição.

*Apresentação: Denise Costa.

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Soldados de paz da Monusco conversam com a população local, na República Democrática do Congo. Foto: ONU/Sylvain Liechti