Fida quer investimento imediato para planos depois da epidemia; fecho de mercados fez cair produção; tema será abordado a partir desta quinta-feira na Libéria e na Serra Leoa.

Eleutério Guevane, da Rádio ONU em Nova Iorque.

O presidente do Fundo Internacional para o Desenvolvimento da Agricultura, Fida, alertou esta quarta-feira para as consequências da falta de investimento imediato em áreas rurais que recuperam do ébola.

Kanayo Nwanze declarou que os “agricultores podem ter de migrar em busca de trabalho” antes de visitar a Libéria e a Serra Leoa, a partir desta quinta-feira.

Epidemia

O representante disse que o ébola teve um enorme impacto sobre a vida das populações do campo, muitas das quais são formadas por pequenos agricultores que não podiam cultivar ou ganhar a vida durante a epidemia.

A meta de Nwanze é discutir com os líderes dos dois países como a agência pode continuar a apoiar os planos de recuperação depois da epidemia.

Desde o fim do surto, o Fida concedeu mais  US$ 960 mil para ajudar os pequenos agricultores a recuperarem os seus meios de subsistência.

Exportação

A doença que matou mais de 11,3 mil pessoas, entre 2014 e 2015,  fez com que os países declarassem  restrições de movimento, fecho de fronteiras e quarentenas.

Vários mercados foram fechados provocando uma queda na produção interna e para a exportação na Guiné Conacri, na Libéria e na Serra Leoa.

Diversos projetos financiados pela agência continuaram a operar durante a crise a oferecer kits de prevenção, sementes e fertilizantes para ajudar a aumentar a produção das famílias.

Serviços Financeiros 

O Fida também manteve as suas instituições financeiras rurais quando vários bancos comerciais deixaram as áreas durante a epidemia na Serra Leoa.

As medidas implementadas incluem a prestação de serviços financeiros a profissionais de saúde rural, aos funcionários públicos e a professores que continuaram nas áreas afetadas.

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