Mais de 60 mil migrantes passaram por Agadez, a sair ou a entrar no Níger
Número foi registado pela Organização Internacional para Migrações, OIM, entre fevereiro e abril; maioria deixava o Níger, enquanto 16 mil eram migrantes a entrar no país, rota de trânsito para civis da Argélia e Líbia.
Leda Letra, da Rádio ONU em Nova Iorque.
Por meio de seu programa de rastreamento, a Organização Internacional para Migrações, OIM, registou mais de 60 mil migrantes que passam por cidades na região de Agadez, no Níger, entre fevereiro e abril.
Deste total, quase 45 mil estavam a deixar o país, enquanto 16 mil eram migrantes a entrar na nação. A agência, que coopera com a ONU, explica que o Níger é país de trânsito para migrantes da África Ocidental que viajam para Argélia e Líbia ou saem desses países.
Pagamento
Nas duas cidades de transição no Níger (Séguédine e Arlit), a maioria dos migrantes são homens, com idades entre 18 e 59 anos. Foram identificadas crianças, mulheres e idosos. Mais de 70% dos que participaram da pesquisa contaram que pagaram mais de US$ 345 pela jornada migratória.
O levantamento mostra que menores de idade representam quase 3% dos migrantes que passam pelo Níger e houve aumento de menores desacompanhados a seguir para a Líbia.
Guineenses
As principais nacionalidades dos migrantes que seguem para a Líbia eram nigerianos (32%), senegaleses (16%), gambianos (11%) e marfinenses (7%). O fluxo de migrantes a retornar da Líbia pelo Níger é na sua maioria formado por nigerianos (85%) e nigerinos, malianos e burquinabes.
Os migrantes que saem da Líbia citam a guerra e a insegurança como motivos para deixar o país, enquanto os que seguem em direção à Líbia e a Argélia explicam que migram por motivos económicos.
Civis da Guiné-Bissau formam 6% entre os que viajam a caminho da Argélia, ao lado de nigerinos, malianos, camaroneses e burquinabes.
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