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Portugal: “desenvolvimento precisa ser financiado” perante a crise global

Portugal: “desenvolvimento precisa ser financiado” perante a crise global

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Secretária de Estado portuguesa dos Negócios Estrangeiros e Cooperação, Teresa Ribeiro, participa do Fórum para o Financiamento do Desenvolvimento na sede das Nações Unidas, em Nova Iorque, e falou à Rádio ONU.

Laura Gelbert, da Rádio ONU em Nova Iorque.*

Na sede das Nações Unidas, em Nova Iorque, a secretária de Estado dos Negócios Estrangeiros e Cooperação de Portugal, Teresa Ribeiro, afirmou à Rádio ONU que apesar da crise financeira, o “desenvolvimento precisa ser financiado”.

Para a representante portuguesa, uma agenda “extraordinariamente ambiciosa foi definida em 2015”, e esta “declina-se em três referências fundamentais: a agenda de Adis Abeba, a Agenda 2030 e aquela relacionada com o Acordo do Clima”.

Objetivos

“E todas elas vão necessitar, para atingir os seus objetivos, da mobilização importante de fundos. Mas, se é verdade que existe uma crise ao nível dos Estados e na capacidade pública de mobilização de fundos para o financiamento, também é verdade que há liquidez. Há liquidez no mundo, que é preciso mobilizar e que é mobilizável se os projetos foram credíveis e se nós tivermos uma perspetiva de longo prazo. E entre esses fundos que são mobilizáveis, nós não podemos esquecer os de natureza privada.”

Teresa Ribeiro, que participa do Fórum para o Financiamento do Desenvolvimento, disse ainda que os “investimentos privados podem ser mobilizados” e que há muito a fazer.

Potencial

“Há aqui muito trabalho a fazer, mas há um potencial grande para que esse trabalho possa ser feito. E é isso que eu diria que é o essencial para que possamos financiar o desenvolvimento. Fundos públicos, fundos privados, vontade política, compromisso de longo prazo e um ambiente favorável a concretização e materialização dos investimentos”.

A secretária considerou “essencial” que também a nível global sejam estabelecidos mecanismos de reporte e monitorização, por razões de “controlo e incentivo”.

A representante disse ainda que a “primeira obrigação é dos Estados, e ela começa no plano nacional”.

*Apresentação: Eleutério Guevane.

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Photo Credit
Foto: Banco Mundial