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Ébola detectado em leite materno de sobreviventes

Ébola detectado em leite materno de sobreviventes

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Vírus foi encontrado até 16 meses após o início dos sintomas; Organização Mundial da Saúde divulgou orientações para cuidados clínicos para sobreviventes da doença.

Laura Gelbert, da Rádio ONU em Nova Iorque.

O vírus ébola foi detetado no leite materno de sobreviventes até 16 meses após o início dos sintomas. A informação é da Organização Mundial da Saúde, OMS.

Estudos sobre a persistência do vírus no leite materno estão em curso. Segundo a agência, são necessárias mais evidências para entender o risco de transmissão.

Orientações

A OMS lançou uma nova publicação com orientações provisórias sobre o cuidado clínico para sobreviventes do ébola.

A agência recomenda que se o vírus ébola for descoberto no leite materno, sobreviventes que estejam amamentando devem suspender o aleitamento e usar um substituto seguro até que recebam dois testes negativos consecutivos para a doença.

Sobreviventes

Segundo a OMS, atualmente há mais de 10 mil sobreviventes de ébola. Alguns problemas médicos foram relatados, incluindo questões de saúde mental.

O vírus da doença pode persistir em alguns fluidos corporais, incluindo sémen. A agência defende que os sobreviventes do ébola precisam de apoio abrangente para os desafios médicos e psicossociais que enfrentam, além de minimizar o risco de transmissão contínua da doença.

Em 18 de fevereiro, a OMS informou que África Ocidental estava sem nenhum novo caso de ébola havia 21 dias. O vírus, que voltou a circular com intensidade há dois anos, foi confirmado em mais de 28,6 mil pessoas e 11,3 mil morreram.

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O vírus ébola foi detetado no leite materno de sobreviventes até 16 meses após o início dos sintomas. Foto: Unicef/Naftalin