Ban fecha visita ao Burundi com garantia de libertação de 1,2 mil detidos
Promessa foi feita ao secretário-geral pelo presidente Pierre Nkurunziza, durante visita terminada esta terça-feira; chefe da ONU anunciou que as partes da crise concordaram num "diálogo inclusivo".
Eleutério Guevane, da Rádio ONU em Nova Iorque.*
O secretário-geral das Nações Unidas deixou o Burundi esta terça-feira com garantias dadas pelo presidente do país de que seriam libertados 1,2 mil detidos.
Falando a jornalistas em Bujumbura, Ban Ki-moon disse esperar medidas adicionais, após o que considerou como "passos encorajadores".
Mandados
O chefe da ONU disse que saudava a decisão de Pierre Nkurunziza de retirar a proibição a alguns meios de comunicação, cancelar mandados de prisão e libertar detidos como um gesto de boa vontade.
As conversações ocorridas esta terça-feira em Bujumbura foram antecedidas de um encontro do secretário-geral com políticos da oposição.
Diálogo
Ban declarou que todos os lados haviam concordado num "diálogo inclusivo", tendo acrescentado que o presidente burundês "confirmou o seu engajamento no diálogo político".
O país está envolvido numa crise que causou mais de 400 mortos desde o anúncio da candidatura do atual presidente ao terceiro mandato em abril passado.
De acordo com as Nações Unidas, mais de 240 mil burundeses fugiram do país e estima-se que milhares tenham sido presos e supostamente submetidos a violações de direitos humanos.
*Apresentação: Michelle Alves de Lima.
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