Perspectiva Global Reportagens Humanas

Necessidades de saúde na Líbia rondam os US$ 50 milhões, segundo a OMS

Necessidades de saúde na Líbia rondam os US$ 50 milhões, segundo a OMS

Baixar

Agência alertou que 1,9 milhão de pessoas têm graves carências no setor; mais de 20 centros foram afetados por ataques em um ano e meio; mais de 80% do pessoal de enfermagem deixou o país há dois anos.

Eleutério Guevane, da Rádio ONU em Nova Iorque.

Mais de 3 milhões de pessoas foram afetadas pela instabilidade e pela violência na sequência da escalada do conflito líbio em julho de 2014.

De acordo com a Organização Mundial da Saúde, OMS, o número corresponde a quase metade da população do país do norte de África.

Graves Necessidades

A agência destaca que cerca de 2,5 milhões de líbios precisam de assistência humanitária de emergência. Pelo menos 1,9 milhão de pessoas apresentam graves necessidades de saúde que não foram satisfeitas.

Numa sessão informativa especial sobre a Líbia, em Genebra, o representante da OMS para o país, Syed Hussain Jaffar, disse que "não se pode esperar por uma solução política para responder" e que é preciso "agir agora".

A agência e os seus parceiros pediram  US$ 50 milhões para atender às necessidades urgentes de quase 2 milhões de pessoas em 2016.

Risco

O responsável disse que são necessários recursos financeiros e esforços intensos da comunidade humanitária internacional para ajudar a salvar a vida de crianças, mães e idosos que estão mais expostos ao risco. Ele afirmou que a questão não é política mas tem a ver com necessidades de saúde.

O ministro da Saúde da Líbia disse que a situação no setor está a piorar rapidamente com o deslocamento extensivo, os danos e o encerramento de estabelecimentos de saúde  nas áreas do conflito.

Esforços

Reida Oakley disse que as várias ondas de violência não permitiram uma recuperação adequada do sistema de saúde, que mesmo antes da crise fazia esforços para satisfazer as necessidades básicas da população.

Cinco trabalhadores do setor foram mortos e mais de 20 centros de saúde danificados em ataques durante os últimos 18 meses. Mais de 80% do pessoal de enfermagem saiu do país em 2014.

Os fundos solicitados devem ser aplicados para melhorar o acesso aos serviços primários, reduzir a transmissão de doenças e surtos além de reforçar a estrutura atual do sistema de saúde e evitar o seu colapso.

Leia Mais:

Clip: União Africana, mulher, segurança e desenvolvimento

Mulher “muito negligenciada” para desenvolver África, diz embaixador

Photo Credit
 (arquivo)